A esperança a cada manhã I << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 25/03/2020
Muitos são os questionamentos a cada amanhecer, não?
Mas, o que surge em nossa mente a cada amanhecer? O que nos faz vibrar ou lastimar mais um dia? Os problemas, as dificuldades ou os acontecimentos que se atropelarão, o tempo exíguo para qualquer coisa a mais que não seja a labuta material? Este é o ritmo normal daqueles que vivem nesta esfera. A complementação material é básica, necessária, sim, mas, também, se faz necessário o nosso equilíbrio mental na divisão do tempo, na disciplina em cada etapa de nossos trabalhos e na complementação espiritual à nossa alma.
Ao nos deitarmos, uma avaliação se faz necessária para que, recolhidos em nós mesmos, percorramos cada etapa de nosso dia, analisando nossos atos e sentimentos emanados, as palavras ditadas, por vezes, por impulsos de raiva, de negatividade, de mau-humor ou mesmo de invejas e maledicências, e que atuam e viram em direção ao nosso próximo, ferindo-os e machucando-os em seus valores e na profundeza de alma. Esta análise, este auto exame de consciência nos facilitará amanhecermos mais tranquilos e renovando as esperanças a que consigamos atuar de forma mais lúcida, amigável e maleável, demonstrando que, além de querermos que os outros nos tratem bem, estaremos dando-nos oportunidade de sermos melhores irmãos, facilitando a convivência de uns para com os outros.
Deste modo, a cada manhã, acordaremos para uma verdade que precisamos encarar, embora muitos já consigam arrebanhar uma esperança, acordando com uma disposição melhor, esquecendo-se dos lamentos do dia anterior, das insipiências da vida, e buscando algo no decorrer do dia que possa modificar esta continuidade difícil e onerosa.
Mas, não encontramos em muitas mentes esta esperança, e sim, uma obstinação em querer percorrer os mesmos caminhos, da mesma maneira complicada que enfocam.
Por que isto? Porque somos reincidentes e teimosos, não nos dando oportunidade a uma percepção maior da vida e das criaturas que nos envolvem, justamente, por somente olharmos os defeitos e desequilíbrios de nosso próximo.
Se, ao acordarmos, colocarmos em pauta no decorrer do dia assuntos que nos entristeçam, que nos deprimam e enclausuram dentro de dificuldades e analisarmos, frontalmente, estes assuntos, buscando, não a visão enclausurada que, geralmente, a criatura detém e que permanece dentro dela dias e dias, meses e meses, anos e anos, mas um confronto nítido e claro, estaremos buscando uma luz, uma esperança em resolvê-los, pedindo, acima de tudo, a luz do nosso Pai, a intuição de Jesus, o amparo da Espiritualidade para que nos dêem condições de percebê-los de forma real e objetivada, que nos coloquem na praticidade de nossas vidas todos esses questionamentos e dificuldades, e que busquemos nós, nos modificarmos a melhorar as tendências negativas e a própria dificuldade no conviver.
Coloquemos numa folha de papel aquilo que nos constrange e precisamos executar e que, muitas vezes, não temos condições, seja em relação à materialidade ou a sentimentos e espiritualidade.
Henrique Karroiz