Pedi e Obtereis - I << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 13/02/2020
Peçamos sempre a Maria e a Jesus que consigamos ultrapassar nossas defasagens e fincar os pés nas verdades divinas, ultrapassando a nós mesmos e galgando a escada da evolução espiritual, a caminharmos sem tropeços e sentindo o calor das nossas inverdades, a frieza de nossos sentimentos e, por vezes, as loucuras das nossas atitudes.
Consideremo-nos felizes por sabermos onde estamos, por podermos escolher por onde caminhar e já entendermos nossa situação de alma encarnada, como, também, numa próxima situação de alma desencarnada, vivendo em corpo espiritual.
Bem, bem próprio hoje o “Pedi e Obtereis”, não é? Bem próprio...
Observando o próprio Evangelho, no capítulo a que se refere ao "Pedi e Obtereis", ainda não sabemos penetrar na profundeza desta orientação divina e não medimos os limites dos nossos pedidos, não é assim? Por vezes, queremos tanto algo e ficamos repisando aquilo, pedindo, pedindo, pedindo, sem saber as consequências que estão escondidas no prosseguimento da nossa vida.
Irmãos, aprendamos a confiar no traçado feito pela Espiritualidade Superior, que sabe e comanda todo o proceder das almas e, também, de todos os setores da Natureza. Quando emanamos os pensamentos, seja num pedido, numa rogativa ou agradecimento, a força com que fazemos isto vem do fundo do nosso ser, principalmente quando as dores nos tocam. Com as dores, mais facilmente, nos tornamos mais humildes e precisamos daquele acalanto de um Ser Maior, nem sempre encontrado aqui nos amigos da esfera, por sermos ainda frágeis, necessitando de aconselhamentos e de amparo.
Assim, amigos, quando orarmos e fizermos nossas preces, entreguemos a vida nas mãos de Deus, do Mestre Jesus, aprendendo a confiar e aceitar as disposições que necessitamos trabalhar e vivenciar.
Pedimos muitas coisas, e por vezes, nos é dado aquilo que pedimos, para quê? Para que nos trabalhemos no que pedimos. Quando pedimos paciência, então, nos é dado algo para treinarmos a nossa paciência, porque ninguém galga paciência de uma hora para outra. E a paciência vai exigir o que? Uma ponderação. E essa ponderação vai exigir um raciocínio, embora nosso raciocínio seja ainda pequeno, pois depende do nosso percentual de patamar evolutivo, portanto de curto alcance.
Com o raciocínio e o discernimento limitados, pedimos algo, mas este algo poderá trazer-nos consequências não previstas por nós.
Desta forma, ao pedirmos: dê-me paciência! O poder maior absorverá este pedido e nos enviará uma maneira a que possamos testar a paciência em nossa trajetória vivencial, para que esta seja adquirida.
Por isso, amigos, todo pedido tem que ser muito bem elaborado.
Henrique Karroiz
(continua em Pedi e Obtereis - II)