Quero Ver-Te Feliz - 2a parte << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 24/01/2020
(continuação de Quero Ver-Te Feliz - 1a Parte)
Deste modo, irmãos, ignorar a infelicidade alheia para não absorvê-la, será fugir das grandes possibilidades de algum dia sentirmo-nos felizes, pois nenhum de nós terá a plena felicidade enquanto nossos olhos tocarem em almas debilitadas, imunes a trabalhos íntimos em busca de valores maiores; enquanto ouvirmos os gritos de angústia e dor pelo não entendimento do que se passa enquanto os lamentos ou euforias enfatizarem o viver; enquanto crianças puras, na consciência atual, forem lançadas às ruas e alagadiços por cupidez e desequilíbrios de mães e pais, a não quererem responsabilidades a mais, enquanto maldades e dissabores percorrerem os íntimos de dirigentes e poderosos nos alheamentos e indiferenças aos que mendigam o pão de cada dia e a dignidade de vida de irmãos em Cristo; enquanto ilusões turvarem as percepções e mascararem vidas, torturando-as quando a clareza lhes atinge na velhice, não mais lhes dando oportunidade de revisarem suas etapas vivenciais. Como nos sentirmos felizes quando a esfera ainda aspira a obtenções materiais e, nutre, somente, e, por muitas vezes, sentimentos de bem estar unilaterais, sem nos tocarmos de que todos vivemos dentro de uma grande roda de vivenciações, onde, a cada volta, nos veremos em paragens e personalidades outras, a precisarmos de novos reencontros, novas determinações e novas vontades de felicidade e amor.
Mas como é difícil esta busca! Como a felicidade se esconde de nós, dentro de nossa consciência atual e das possibilidades de raciocínio e razão! Como não conseguimos discernir qual caminho percorrer, quais pensamentos sentir como certos, quais sentimentos dilatar em direção a cada irmão! Como saber se estamos agindo com todas as possibilidades retidas em nós e as que se encontram à nossa frente?
Buscar, saber buscar a felicidade, irmãos, será olhar à nossa volta e ver o que precisam as almas que estão ao nosso lado e o que podemos ofertar para que se sintam bem.
Saber ser feliz, nos fazermos felizes, será traçar pontos a serem perseguidos e lutar para que instantes de paz e harmonia sejam distendidos; saber se somos suficientes para fazer a felicidade de alguém será olharmos para o céu e pedir ao Pai que sejamos sempre instrumentos de paz, ajuda e amor, será entregarmos nossas vidas a Jesus, a que Ele e Seus mensageiros possam orientar-nos, guiando nossos passos para os caminhos e estradas por onde os traçados cármicos nos levarão aos pontos certos, destacados por nós mesmos, como as verdadeiras encruzilhadas pelas quais precisamos passar.
Ser feliz, portanto, irmãos, será um aspecto a ser dimensionado e trabalhado pela eternidade e, para tanto, iniciemos o trabalho, hoje, na plena conscientização de que felicidade plena será grau máximo que daremos a nós mesmos, quando nosso íntimo estiver em total harmonia, a podermos dilatar esta sensação a todos que ainda não descobriram que toda a nossa felicidade está na conquista a ofertar momentos de felicidade aos nossos irmãos, sem sentimentos egoístas ou apegos, pois sermos e nos sentirmos felizes fará parte de cada conquista em vidas e vidas, a nos podermos sentir completos e felizes, apenas por poder viver.
Henrique Karroiz