Em Termos de Respeito << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 18/01/2020
O quanto sofremos por faltar este qualificativo e averbação em nosso viver: ”Respeito”.
Sim, na realidade, o respeito se distende ao começo da Criação, às formas unicelulares que se iniciam em caminhadas pelos mundos e esferas, em contemplação e atuação nas diversas e diferentes estruturações. Sim, nas manifestações primeiras dos seres pensantes, ao se incluírem em suas propostas reencarnacionistas. Desde este momento, o respeito a nós mesmos, como almas em busca de melhores delineamentos de paz e equilíbrio, se fará necessário, assim como e muito mais, ao ser que nos agasalha e nos ajuda na distribuição dos germes que efetivarão nossa nova estrutura. Nestes instantes de grandes propostas de renovação e aprendizado, nestes instantes em que nos envolvemos em um novo corpo de carne, aliando o corpo espiritual a uma estruturação que, além de depender do respeito e consideração que deveremos ter a todos os momentos ou sob quaisquer condições de vida, além da necessária conservação do equilíbrio mental e orgânico, deveremos respeitar o casulo que, no momento, se torna responsável pela manutenção da vida que se propõe ao reencarne, enviando, à estrutura materna, o melhor que trazemos intimamente.
Vemos que o respeito nos solicita a cada instante do viver: respeitar a nós mesmos em consideração ao Criador e aos que, como nós, estão a se buscarem intimamente e que convivem a nosso lado, assim como a todas as manifestações naturais que participam deste cenário tão completo e fértil.
Irmãos, quanto vemos de desrespeito hoje, quanto vimos ontem e, certamente, ainda visualizaremos em nosso amanhã, não é verdade?
As linhas dos deveres e direitos se interpõem com os necessários delineamentos morais e de caráter, nos quais precisaremos melhor articular, para que o mau uso de nossos corpos e mentes não seja responsável pelos transtornos que ocorrem na esfera e em cada natureza, seja ela pensante ou não.
Os abusos em teorias, articulações e manifestações nos mostram as consequências a que estamos expostos. O que caberá a cada ser em suas propostas de trabalho, sociais ou humanas? O que deveremos observar, para que não distendamos maiores sofrimentos à humanidade e aos seres que estarão sob as tutelas e à mercê de projetos, leis e práticas terrenas? O que e como arbitrar a não infringirmos as leis naturais e considerarmos todas as criações nos seus valores e objetivos?
Em primeiro lugar, vermos o quanto de deveres precisamos impor-nos, a não desfraldar bandeiras apenas por nos encontrarmos em condições de lideranças ou manuseios. Em segundo lugar, observar que quaisquer que sejam nossas atitudes, seremos nós mesmos a sofrermos por elas, hoje ou amanhã, pois as leis de causa e efeito se repercutem por si mesmas, numa grande resposta do Pai aos tantos manuseios de todas as naturezas.
E, por final, observarmos que qualidade de vida e de constituições se arbitra dentro de linhas de respeito, consideração e equilíbrio. As almas, que se encontram em desequilíbrios íntimos, negligenciando o respeito ao seu próximo, certamente colherão o desrespeito, porque cada um de nós, mesmo nas alienações que nos colhem, sabemos discernir quando irmãos intentam desrespeitar leis e sequências naturais, interferindo em propostas de moralidade e legitimidade dos direitos humanos, trazendo a todos grandes ônus no viver, não é assim?
Portanto, meus irmãos, cuidemos para que nossas tarefas sejam pautadas no respeito ao nosso próximo, nos seus direitos, adquiridos no percurso dos tempos, e na valorização que se processa em cada um de nós diante de tudo aquilo em que nos fazemos repercutir e manusear, pois sentimos a extensão do respeito que precisamos buscar pelos próprios efeitos que nos envolvem.
Henrique Karroiz