Os Caminhos da Real Doutrina - Parte I << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 22/11/2019
Que todos possamos caminhar objetivando, nesta encarnação, nos encontrarmos, face a face, com as verdades cristãs. Que em nossas buscas, sempre nos consigamos dirigir aos caminhos que nos tragam o amor e a paz, sabendo distender a solicitude para com nossos irmãos, como, também, dentro de cada fé ou segmento religioso, que possa haver uma busca mais profunda e real.
Não importa que título leve este segmento; não importa se nos olham desconfiados; não importa que estejamos em divergências com aqueles que habitam o mesmo teto, não iremos afrontá-los na fé, iremos apenas buscar a concordância aos nossos valores íntimos e positivos. Por isso, cada um de nós está numa procura maior a uma satisfação íntima de verdades, a poder tomar uma postura espiritual que ordene as mensagens cristãs ao próprio percurso diário.
Estamos todos no caminho da Doutrina cristã, na doutrina que Jesus nos lançou. E esta doutrina, embora possa trazer divergências a vários povos e instituições, é única, é a força a nos sustentar, a nos trazer as verdades, o idealismo dentro da moral, da fé e da vida que ora vivemos. Esta doutrina cristã não pode ter rótulos, não pode ser mensurada por atitudes ou pelas divergências da própria criatura encarnada, ela deve fluir, exatamente, como Jesus nos passou: simples, pura, caridosa e identificando cada criatura nas premissas das verdades.
Estas são as partes a serem buscadas dentro de cada segmento de fé; estes são os idealismos, lançando fora qualquer condicionamento imposto, qualquer ideia pré-concebida ou qualquer postura em maiores exigências.
Jesus nos trouxe a palavra amiga e amorosa, sempre envolvido pela natureza, abraçando os Seus irmãos em palavras simples, em atitudes modestas e humildes, envergando a Sua força espiritual e transportando esta mesma força espiritual a cada um que O soubesse acolher da mesma forma.
Diante do Lago de Genesaré, nas colinas, nos campos, nas aldeias e povoados humildes distribuía a sua caridade espiritual, não exigindo atitudes e nem colocando cada irmão sob um rótulo. Absolutamente. Jesus estendeu as Suas mãos a todos, foi cúmplice nos sofrimentos, na transgressão dos direitos humanos, atendendo aos pobres e aos ricos, aos infelizes e desprovidos de maiores entendimentos. Por que, então, o homem, no curso de sua existência, traz tantas diferenças consigo, exigindo tantas posturas e colocações, fazendo questão de ser diferente em algum ponto do Evangelho, traduzido a todos os povos e sob múltiplas interpretações?
Estas diferenças, meus irmãos, não existem, não podem existir. A Doutrina do Cristo precisa ser clara, límpida, simples e humilde, precisa trazer a união entre os povos e a compreensão entre todas as criaturas, nada mais do que isto.
Porém, há mais de dois mil anos que esta Doutrina se tenta radicar, mostrar-se em pureza de intenções, embora venha sempre encontrando muitas barreiras, e estas barreiras. Erguidas pela própria criatura humana, vêm deliberadas pela própria mente racional das criaturas, que instituída pela sua "imensa intelectualidade" exorbita, medindo valores e concepções religiosas.
Quem somos nós, meus irmãos, para arbitrarmos qualquer coisa, além do mais em divergência com as palavras simples e humildes do Mestre!
Henrique Karroiz