A Semeadura do Espírito - Parte I << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 18/10/2019
mensagem: A Semeadura do Espírito - Parte I
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Temos à nossa disposição aqui na Terra centenas e centenas de hectares de terra a se ofertarem a um trabalho de cultivo, de plantio. Temos à disposição as nossas mãos, a nossa vontade e o nosso corpo. Temos, ainda, bastará olhar e buscar, as sementes, que, também, precisamos plantar no fundo de nós mesmos. Sabemos que toda semente precisa ser tratada, adubada, aguada e cuidada.

Esta fartura, esta imensidão, estas condições gigantescas de prosperidade e abastecimento em largueza nos foram dadas, nos são ofertadas dia a dia. O que precisamos para enfrentar o trabalho? Apenas querermos, desejarmos colocar a nossa vontade à frente, visando ao aproveitamento da nossa estadia neste planeta. O plantar, o semear, o saber cultivar, a saber fazer uma semente crescer não é fácil, pois irá requerer de nós muita atenção e carinho, muita paciência e abnegação, pois as intempéries da natureza poderão destruir a plantação e a semeadura.

O homem planeja toda a sua vida quando começa a tomar conhecimento das suas próprias ambições, porém ele apenas se margeia em suas intenções materiais, físicas e imediatistas, ele jamais regulará a sua vida por uma vontade mais profunda e penetrante.

Culpamos a criatura humana por isso? De certa forma, sim; de certa forma, não. Sim, porque, desde o momento em que percebe esta imensidão de ofertas e dádivas, mesmo que ainda não tenha condições lúcidas mentais ou espirituais a perceber que existe uma intenção maior nesta sua estadia na esfera, mesmo assim, ela precisa saber que alguém a colocou aqui, que Alguém a redimensionou como essência divina para um trabalho. Seria um trabalho a ser feito para este Alguém maior ou seria um trabalho para si mesma?

Naturalmente o homem, envolvido pelos acúmulos necessários à sua vivência, muitas vezes não chega a descortinar esta intenção mais profunda e real. Podemos dizer que não é totalmente culpado desta negligência em observações mais profundas, pois que no momento não detém ainda em si condições nem estruturas espirituais perceptivas, para poder administrar tão ampla dose de doação.

A Terra, como um planeta de expiação, de dores e de provas, realmente é partilhada, é polvilhada por Espíritos ainda num fluxo de necessária instrução e vivência; vivência em dores e em sofrimentos, porque somente sofrendo, partilhando de suas próprias dores, o homem despertará. Por isso, em parte, a alguns, ainda, a visão espiritual é nula, não tendo diante de si os menores questionamentos ou as menores condições de visualizarem algum objetivo, algum elemento que lhes possa ser fornecido para que principiem uma observação mais profunda de sua própria vida. Por isso, a alguns, a culpabilidade, digamos que seja menor, pois ainda estão obstruídos, espiritualmente, porém, gradativamente, irão evoluindo na escala espiritual, embora, outras tantas almas já detenham condições de observações mais apuradas.

Há tempos sabemos que a Terra nos foi dada e que há sementes a serem nela cultivadas, inclusive a semente que prolifera dentro de cada um de nós.

Henrique Karroiz

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