As Alucinações Sociais << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 31/12/2019
Vivemos, na atualidade, sob o impacto de verdadeiras alucinações políticas, sociais e humanas, estabelecendo ritmos de desequilíbrios, indiferenças, tumultos, dúvidas, incertezas, medo e trazendo, com isto, as almas a sofrimentos e debilidades.
Assim, vivenciando o dia a dia, as criaturas se movimentam, tentando ganhar o seu alimento e a manutenção do corpo e do seu próprio programa de vida, numa sequência de traçados que lhes surgem através dos múltiplos veículos de comunicação, que exalam discórdias, crimes, explorações e calúnias, pouco sobrando de espaço a algumas notas de ações benéficas e construtivas, pouco distendendo em pronunciamentos a elevar o moral, as práticas cristãs de que todos necessitamos, a alimentar nosso ser.
Diante destas tantas incertezas e convulsões, criaturas se enfraquecem, sentem-se cansadas de presenciar e, até mesmo, vivenciar as tantas situações, onde a paz, a harmonia e o amor se distanciam das contingências necessárias a ofertar maior otimismo a todos.
Porém, perguntaria aos irmãos:_ Do que mais precisam as criaturas? De que necessitam para poder percorrer dias e noites, envolvidas numa paz maior, numa crença de que existem almas boas, amigas, confiáveis e belas. Como demonstrar que apenas alguns poucos irmãos se sobressaem nos quadros distorcidos, porém, que a natureza humana ainda tem reservas férteis em si e que precisa, apenas, se ver como alma eterna, necessitando tirar as ilusões e as alucinações de poder, ganância, orgulho, vaidade e imoralidade de si, para que a sua essência mais pura transpareça? Como fazer com que os povos creiam em Deus e em si próprios, quando as baixas ou nulas vibrações de amor se inclinam sobre as telas mundiais, em alguns campos de vivenciações? Como abrir as cortinas da boa vontade, da caridade ao próximo e das belezas em que estão envolvidos, demonstrando que tudo depende de nós, tudo dependerá da nossa conduta, sentimentos e virtudes?
Será que a imagem cristã, que Jesus deixou a todos nós, só está impressa nos altares dos templos cristãos ou nas figurações bíblicas?
Naquela época, as alucinações sociais eram muitas, como também, as tantas delinquências e explorações. Se, hoje, vivenciamos ainda alucinações próprias do progresso material, indicando que o progresso espiritual não acompanhou o crescimento da ilusória materialidade, é por, justamente, não termos tido a coragem e a força de seguirmos o exemplo do Messias. Sim, se alucinações e desequilíbrios humanos influem em todas as áreas de vivenciação da esfera é por não estarem as criaturas ligadas a Seu Mestre, não trazendo o exercício do amor, da fraternidade e da caridade a si e às outras criaturas, que as rodeiam.
Recorramos, irmãos, às liçoes do Mestre. Vibremos, ouvindo o som da Ave Maria; ouçamos as lições dos grandes evangelistas; preenchamos nossa vida com verdades; pratiquemos a caridade, ao ouvir as almas falidas em suas expressões de tristeza; atuemos junto àqueles que se torcem nos leitos, esquecidos pelos familiares; enxuguemos as lágrimas dos solitários e aceitemos as debilidades dos que, despojados dos alimentos materiais e espirituais, clamam por misericórdia.
Preciso será que nos conscientizemos de que, para que o mundo e as almas se façam repercutir com mais dignidade e respeito, pautemo-nos no “amar ao próximo como a nós mesmos”, não fazendo aos irmãos aquilo que não gostaríamos que nos fizessem. Oremos, oremos a pedir que a luz do Pai ilumine as mentes poluídas e que trazem os tantos distúrbios e sofrimentos. Peçamos a orientação do Mestre a que sejamos mais lúcidos diante uns dos outros, a praticar a verdadeira caridade, exatamente aquela em que aprendamos que “tudo que fizermos a nosso próximo, um dia, em nós, se repercutirá”, baseados nas leis físicas de causa e efeito.
Perguntaria aos amigos:_ será que estamos sofrendo por ser inocentes?
Henrique Karroiz