Falando de Amor << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 30/11/-1
mensagem: Falando de Amor
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Nós podemos perceber que todos anseiam por uma palavra de amor, não é verdade? E que isto faz falta em nossa vida. De uma forma ou de outra, talvez, o mundo espiritual já saiba detectar estas lacunas e preenchê-las em alguns minutos, numa tentativa de soerguimento de cada alma diante das suas próprias debilidades, necessidades e ânsias.

Meus amigos, o amor vivenciado nesta esfera não se traz ainda em plenitude, não pode ser ainda o amor ideal, o amor universal dilatado sob enfoques não viciosos, não ultimistas e materialistas. O amor que se distende pelo Universo e que nos abastecerá o coração pertence a todos nós quando nos soubermos revelar em luzes íntimas mais férteis e abastadas, isto é, envergando as virtudes amplas, exemplificando a todos os momentos as verdades e trazendo-nos sob sentimentos puros, irmãos e amigos.

Amar é se doar, é abastecer alguém ou várias pessoas com o que sentimos por elas, não importando se recebemos em troca ou não, não importando que nos vejam em debilidade emocional. Não, não importa.

A Terra, como planeta de provas e expiações, ainda se sente lacunada neste sentimento maior. Ele surge sim, diante de nós, muitas vezes, em descobertas inusitadas através de sensações mais amplas não tendenciadas ao físico ou a chamativas prazerosas. Não, o amor que falo é o amor perfeito, o amor doação, o amor plenitude, o amor pela criatura universal e pelas almas irmãs. Descobrimos o amor e um tempo depois nos vemos tão distantes desse mesmo amor. Por quê? Porque vivenciamos processos necessários a entendimentos, buscamos algo além do que vimos e nos desiludimos. Refiro-me a qualquer tipo de sentimento amoroso, tanto homem / mulher quanto criatura a criatura, tanto alma humana a almas humanas ou humanidade. Esta desilusão nos transtorna, nos faz sentir em debilidades, não é mesmo? Mas creiam que o amor puro e verdadeiro se extravasa além desta esfera quando amamos sem pedir, damos sem querer nada em troca, olhamos para uma criatura perdida, imoral, viciada, desequilibrada e sentimos esse amor, não vendo as suas deficiências, mas as suas probabilidades de ser humano em prosseguimento na escala evolutiva.

Esse é o amor, essa é a busca diária de todos nós. Precisamos visualizar na vida das criaturas a beleza do ser, apagando e afastando as deficiências de cada um, aceitando cada criatura como ela é, buscando a beleza de ser útil; porque todos nós temos essa beleza dentro de nós, apenas, envolvidos na matéria, não conseguimos extravasá-la.

O amor caminha pelo Universo, meus amigos, e somente através dele é que conseguiremos reestruturar nossas almas e modificá-las.

Mas falamos tanto e nos esquecemos de uma pequena coisa: que o amor não deve ser distribuído e devolvido somente àqueles que nos soam e nos surgem em aspectos ideais e promissores, não.

Amar aquele que está jogado numa calçada, amar quem nos corroe por dentro e nos perturba ou aquele que se intromete em nossa vida e tenta nos obscurecer a razão, este tipo de amor é o que o Cristo pregou: o amor aos necessitados.

Amar os que estão plenos em acordo com as nossas almas é muito fácil, o difícil é amar aqueles que destoam de nós e que, muitas vezes, nos olham, e pelo olhar sabemos o que precisam e sentem.

O tema amor deixa um bálsamo em nossos corações, tornando-nos mais receptivos e sensíveis. Assim, imaginemo-nos abraçando alguém agora, necessitado e desamparado, precisando de um estímulo e de uma esperança, de conforto e carinho.

Não engolfem dentro de vocês o amor, não se sintam a descoberto quando demonstrarem amor por alguém.

O amor distendido a nível universal é um caminho direcionado, bem intencionado e sem limites, sem divisas ou cores, sem diferenças de línguas ou dimensões: amplo, irrestrito e verdadeiro.

Henrique Karroiz

 

 

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