A Distribuição da Riqueza << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 18/03/2019
mensagem: A Distribuição da Riqueza
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Avidamente, as almas buscam, na aplicação da materialidade, a abastança e o amontoado de bens e relíquias, não é verdade?

Avidamente, no percurso dentro destas contingências progressistas direcionadas a manuseios intensos, nos dias atuais, as criaturas se encontram, se buscam com finalidades de ganhos, com objetivos de ultrapassarem as suas próprias condições materiais, profissionais e humanas a acrescentarem algo a seus bens ou proventos, determinando uma exigência contínua ao seu viver, e com isto, muitas e muitas vezes, se agredindo, se maculando. O abastecimento material é mais do que necessário ao viver nestas contingências que envolvem a esfera, pois estas etapas, mais diretamente conduzidas ao nosso próprio manuseio material, fazem parte de um grande aprendizado neste “comércio intenso entre matéria densa e Espírito”. Dizemos “comércio intenso entre matéria densa e Espírito", porque existem linhas a separarem estes interesses e trânsitos, linhas estas da ponderação, do equilíbrio e do discernimento.

Irmãos, a distribuição de bens materiais e a sua administração, certa e equilibrada, se tornam um grande exercício para as almas, a cada existência. Tanto o fausto, a abastança, o amontoado e o poder são referenciais de provas às almas, como a pobreza e a configuração de almas em necessidades extremas, ambas as situações necessárias conduções cármicas a sedimentar um maior equilíbrio às tantas criaturas que não souberam os valores reais e dignos a manusearem em alguma existência. A distribuição de bens, de benefícios, de amontoados em valores, se torna parte de propostas pedidas, em planos espirituais, justamente por uma desvalorização de bens designados em um viver, ou por mau uso destes próprios bens. Sendo assim, cada um de nós se trai em propostas renovadoras, mas cada ser se precisa saber com grandes diferenciais íntimos, gerando positividades ou negligências, negatividades ou abusos a cada encarnação, com isto, deixando lacunas, débitos e deficiências morais, de caráter, em relação a si próprio e ao meio em que transitou.

Estas divergentes colocações de cada alma, merecimentos ou não, discernimento ou aviltamentos ao uso da matéria que lhe foi colocada à disposição a cada vida, irão gerar propostas encarnatórias futuras, aliadas às necessidades de complementação e maior adestramento às almas que não souberam respeitar os amontoados, distribuí-los equilibradamente, entendendo, acima de tudo, que nada, verdadeiramente, nos pertence, a não serem os valores íntimos, que construirmos dentro de nós. Com isto, neste esquecimento “de que nada levaremos para o túmulo em bens materiais, como também, nada trouxemos para esta vida", a não serem as condições perpetuadas em nosso íntimo, as almas se confundem e vacilam, no uso do denso que as ajuda a reter para terem paz e dignidade futura, não é verdade?

Porém, irmãos, viemos para trabalhar e nos abastecer sim, mas o material tem que ter o seu valor próprio como veículo de atendimento razoável e equilibrado ao corpo físico e suas necessidades; porém, muito mais, a saber que, através do seu uso, seremos testados e precisaremos trabalhar para a elucidação dos valores maiores da alma. Assim, a distribuição de riquezas se torna uma grande oportunidade de rever valores, ultimar situações dignas, usar de discernimento a se posicionar não como o rico, o abastado ou o "eleito dos céus" pelo poder que este selo material se mostra a nós, mas sim, como estaremos diante de grandes provações, exigidas por nós mesmos, a aprendermos a dar valores certos a cada momento, cada matéria, cada necessidade ou sentimento.

Verifiquemos os nossos valores materiais e pessoais, e ponderemos se estamos sabendo discernir sobre o seu uso, utilidade e objetivos.

Henrique Karroiz

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