Amor de Mãe << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 26/11/2018
Muitos são os verbos a distendermos, quando nos referimos a este amor maternal: doar, abnegar, sacrificar, apaziguar, compreender, envolver, sofrer, ampliar-se em sentimentos, doando, muitas vezes, momentos de profundos desvelos.
Mães abnegadas tiram de si aquilo que não têm, expressam emoções múltiplas, que, por vezes, as fazem sofrer, embora, ao mesmo tempo, não deixem que percebam seus sofrimentos.
O amor maternal é o amor mais puro!
É o amor de Maria ao Seu filho Jesus, representando o amor universal, o amor que se estabelece em ritmos de Espírito a Espírito, de alma a alma, de vínculos não só consanguíneos, mas daqueles que se propuseram, em plano espiritual, a se alicerçarem no plano terreno, sem olharem os sacrifícios ou o seu próprio querer.
A abnegação existe, a doação é farta, a projeção de uma mãe a seus filhos é algo que surpreende até mesmo a ela.
A mãe, ao tocar naquele ser tão pequenino, extravasa um amor imenso! Ela quer dar a ele tudo que ela tem e o que não tem!
Jorra amor, jorra cuidado, jorra atenção!
É a mãe previdente, é a mãe presente, é a mãe que se doa em tudo...
Quando ela vê o rebento crescer, participa das artimanhas, das brincadeiras; cura as feridas, acompanha o crescimento, o caminhar, a cultura, as emoções de cada momento.
Ela vê o rebento crescer já um pouco distante das necessidades tão calorosas em relação a ele, mas vê surgirem características de personalidade, avançando naquele primarismo do jovem que descobre a vida, o mundo e quer consertar todo ele.
Aí, então, a mãe observa que seu filho não é mais aquele bebê. Ele é um ser, um Espírito, uma alma que cresce e que brota para a vida. Mas ela continua enternecida por aquele sorriso, aquele abraço e aquele olhar.
Quando ele dorme, ela se posta a observar as suas feições e acaricia-o, ama, profundamente, esse ser que saiu de suas entranhas, o ser que ela mais amou e a quem se dedica.
O jovem cresce e estabelece uma vida pessoal numa carreira profissional. Envolvimentos amorosos, casamento e filhos. O acompanhamento materno continua, e, muito de perto, vê o seu "bebê" e olha-o enternecidamente, embora os anos tenham passado e os fios brancos chegados à sua cabeça.
Ela é assim, o seu pai, a amiga que lhe acode nas horas certas, que projeta as suas dificuldades a ela. É o ser que está próximo e que sente, ainda, a meiguice da infância e as artimanhas do jovem, embora veja a personalidade firme de uma alma já formada. Agradece pela vida, por ter passado tantos anos junto àquele Espírito, por ter alguém por abraçar, alguém a acarinhar, alguém a beijar, alguém a cuidar.
Ela o sente seu, embora saiba que ele seja de Deus, mas ela o sente próximo ao coração, dentro de si. É o amor profundo da mãe, do sentimento maior que existe no Universo, o amor maternal.
Que este amor possa tocar a todas, mesmo aquelas que não geraram os seus filhos, mas que cuidaram e acalentaram, que protegeram e que animaram, exatamente, como Maria assim o fez e faz, até hoje, pois Jesus para Maria, hoje, ainda é aquele jovem que ela, quando foi retirado da cruz, colocou em seu colo, acariciando-O como bebê, amando-O inteiramente como Ser pleno de vitalidade e beleza.
Todos os filhos são para as mães como Jesus: plenos de beleza, envolvidos pelo repleto amor de uma doação integral e constante de mães, apenas mães, não mais mulheres, somente mães.
É o que todas querem ser!
Que o amor de Maria chegue a todas as mães e que possa abraçar e acolher os seus filhos, os tutelados que Jesus botou sob suas orientações e proteção!
Fiquem em paz!
Henrique Karroiz
Mensagem psicofonada por Angela Coutinho em 23 de março de 2015, em reunião pública doutrinária, Petrópolis, RJ.