As Palavras, Fontes Divinas << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 17/04/2007
mensagem: As Palavras, Fontes Divinas
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Rememorando o texto passado. Alertamos para o que o VERBO produz, induz, direciona, constrói, destrói, elimina, acrescenta e esclarece, determinando as paródias e com elas ultrapassando etapas e, cada vez mais ilustrando nosso ser à medida que construímos o dicionário da paz, das verdades e da luz a nós mesmos.

As contingências variam aos extremos no que se refere à divulgação e imposição do verbo, este dom divino que se faz repercutir dentro de nós e nas atmosferas a nosso redor.

Assim, lembrando a força do verbo, suas vibrações e propostas, poderemos penetrar em algumas composições que, normalmente, são usadas nos diálogos sonoros ou mudos.

Vejamos em primeiro lugar os diálogos mudos, aqueles que acontecem dentro de nós e nos aprisionam, por muitas e muitas vezes, durante séculos, enclausurando emoções, sentimentos, intelectualidade, humanismo e espiritualidade. Estes são os mais difíceis de serem manuseados e traduzidos por almas que não conseguem penetrar nestes casulos formados pelos seres.

O que é o diálogo mudo, esta conexão de alma encarnada para Espírito em sua inconsciência, mas com a nitidez das sensações e sentimentos, moral e virtudes, que são, justamente, o que se externa ao ser e é percebido no vínculo da personalidade atual com o Espírito eterno que somos?

Este congregar de pensamentos, conceitos, verdades, ideais, desestruturas, negativas ou positividades, quando externados, se vinculados somente aos centros nervosos ou ramificações cerebrais, poderá se intensificar em explorações nocivas que atingirão o complexo físico, deflorando-o à proporção que a repressão chegar a uma obstinação ou falta de discernimento do processo.

Assim, acumulando e, muitas das vezes solidificando diálogos íntimos, como pensamento-emoção-fechamento no bloqueio de uma não identificação própria em relação a si mesmo e ao meio em que transita, edemas físicos, cerebrais e nervosos ocorrerão, faceando personalidade doentia a Espírito em negativas de atendimento à vida que ora se apresenta. Os diálogos mudos, a pressão mental, a inércia no articular de palavras, as contidas expressões mudas negativas ou mesmo expressões alheias fora da própria sintonia do psiquismo atual, irão alterar estados de consciência, revelando criaturas reclusas, autistas, negativas, depressivas e obsediadas.

Por que obsediadas?

Pela simples razão de que o mundo íntimo precisa se ligar com o mundo de relação do momento atual e não bloquear este contato, exibindo o sombrio aspecto de negativa ao viver e a todo o contexto necessário para o seu aprendizado e crescimento. E, sendo assim, facilmente atrairá com as modulações das diversas reações citadas anteriormente, Espíritos em semelhantes posicionamentos, que ajudarão à alma encarnada a cada vez mais alimentar estes diálogos mudos num circuito negativo, pois encontraram, também, um campo amplo de conversação e atuação, pela própria sintonia negativa e doentia.

Mas, talvez, perguntem vocês:- Não temos que ter estes diálogos íntimos conosco mesmos? Não é assim que nos estruturaremos a cada dia?

Sim, porém, não bloqueando expressões e nos isolando do mundo ao redor por medo, incapacidade de vivenciação, fragilidade ou falta de acolhimento a nós mesmos.

Viemos para uma vida de relação, convivências necessárias, diálogos difíceis ou amigos, contatos com almas que conjugam-se conosco há séculos e com as quais precisaremos retomar contato, a alicerçar virtudes, sentimentos e moral. Sendo assim, os diálogos íntimos serão necessários a conjugarmos objetivos, traçarmos metas, avaliarmos atitudes e nos ligarmos às fontes de luz, porém, não bloqueando ou nos isolando numa não participação com as naturezas ao redor.

Cada vez que bloqueamos sentimentos, emoções ou mesmo palavras, causamos um grande mal ao nosso corpo físico e mental. Mas, com isto, não quero dizer que devemos ter a língua solta e despejarmos tudo que nos vai no íntimo. Não, é claro.

Tanto as expressões verbais como as emocionais precisam ser trabalhadas, analisadas, ponderadas e vistas a que se conduzirão.

Os diálogos íntimos, a palavra sem som e o verbo trabalhado dentro de nós fazem parte do recolhimento e avaliação da alma no seu percurso cármico e, ele deverá existir sempre, mas não ser visto como atitude a ser induzida a se preservar diante da vida, pois isto trará problemáticas que se repercutirão por séculos e se tornarão difíceis a serem resolvidas.

Já a palavra usada sonoramente nos aponta oportunidades múltiplas, porém tão perigosa como o diálogo íntimo prensado no âmago do ser.

Falamos, muitas e muitas vezes sem pensar nas resultantes, no que lançamos, produzimos, alicerçamos e maculamos ou clareamos. As contingências em torno do verbo articulado demonstram o quanto ele deve ser preservado, medido e como precisa ser conduzido.

As palavras, como as outras tantas manifestações da natureza humana, no caso que agora tratamos do veículo de transmissão da razão, do raciocínio e das emoções, que é a criatura humana e espiritual, são grandes movimentações reveladas pelo próprio espírito a poder entrar em contato com outros tantos seres e aprender a podar as ervas daninhas que se distendem, no seu uso eloquente e tantas vezes inconsciente e inconsistente, nas manifestações explorativas e vivenciais, para que possa acontecer um constante aprendizado, a lhe proporcionar crescimento equilibrado.

Mas, como é fácil deixar fluir comentários e opiniões em relação a tudo nesta vida, não?

Como é fácil abrir a boca e falar o que se deseja, o que para muitos é forma de se achar “autêntico”, neste despejar de opiniões, emoções e críticas, em ênfases desequilibradas e alheias às consequências que irão se formar, justamente por falta de discernimento, ponderação e, até mesmo respeito aos irmãos de caminhada.

A palavra, o uso das articulações, tanto sonoramente percebidas, quanto as que se ocultam em nossa mente, são portas abertas a diversas construções, não só construções externas a nós, mas muito mais, as que se irão levantando dentro de nós mesmos e deflorando o edifício central do ser, o Espírito eterno, a alma, esta construção milenar que vem buscando, a cada reencarne, o seu aprendizado e burilamento.

Então, antes de pensarmos, amigos, em articular palavras, frases, digamos, antes de defendermos teses e explorarmos com seu uso almas, momentos e outros veículos que se articulam a nosso redor, pensemos, ponderemos, pensemos se serão:

  • úteis
  • trarão objetivos positivos
  • irão afetar construções físicas ou espirituais
  • acrescentarão
  • anularão
  • prejudicarão
  • construirão
  • aliviarão
  • esclarecerão
  • se trarão verdades
  • alicerçarão sentimentos
  • transmitirão luz e amor

Sim, como nos esclarece Emmanuel, vejamos que uso faremos delas, se serão vãs ou se transmitiremos palavras eternas. Serão elas que poderão construir sepulcros abertos a se lançarem em vibrações negativas a outras tantas almas ou serão o bálsamo a trazer os benefícios e conforto a nosso próprio Espírito e aos que labutam nesta mesma seara?

Avaliemos cada letra, cada sílaba, cada palavra, cada construção verbal interrogativa ou explicativa, afirmativa ou indicativa, temporal ou atemporal, profunda ou sutil, antes de as pronunciarmos, pensando nos efeitos que produzirão, principalmente a nós mesmos e às almas irmãs. Ponderemos sobre o impulso que estão sendo enviados, sobre o objetivo e o tom em que se pronunciam.

Sim, as vibrações sonoras variam ao infinito, como as notas musicais do teclado de um piano, limitado ainda na esfera atual, mas distendidas nos teclados universais, estas vibrações poderão ferir nosso ouvido ou nossa alma, nosso peito ou nosso cérebro. Vibrações que captaremos, suavemente ou com a força de uma lança, que irão acarinhar nosso ser ou nos trazer feridas profundas. Vibrações que acalantam nos momentos difíceis ou que nos vasculharão o viver, admoestando-nos na exploração das próprias negativas que nos envolvem.

Diversas serão as vibrações sentidas e percebidas, mas também, na maioria das vezes, elas são transmitidas com tanta rapidez, nos diálogos diários, que a sua penetração só será percebida algum tempo depois, pelos próprios efeitos que produzirão no ser.

Com certeza, neste momento, estão se lembrando de palavras e frases que dilataram ao sair de casa ou mesmo no trabalho e, até as suas articulações quando aqui chegaram: as mentalmente sonoras ou as articuladas através das suas cordas vocais.

Vejam a vasta gama de vibrações que podem ser articuladas por uma só alma.

Agora, imaginem neste ambiente em que se manifestam Espíritos em suas diversas constituições físicas, emocionais e mentais. O que resultaria das tantas vibrações aqui lançadas por todos, como ficaria, ou melhor, agora tentemos identificar o ambiente que nos rodeia. Estará melhor em vibrações a vocês do que aquele de quando aqui entraram antes do início da reunião? Vamos fazer as diferenças: plano carnal e plano espiritual.

Em ambos os planos os sentimentos, emoções, objetivos e pensamentos transitam em ondas múltiplas que se tocam, se intercambiam, se rompem, se afastam ou se unem, acumulando ideias, objetivos, sentimentos ou necessidades, construindo este campo de semeadura espiritual, que é o Grupo de Comunicação Espiritual.

Portanto, pensemos que não só de vibrações íntimas ou sonoramente dilatadas se formam o nosso campo íntimo ou externo, mas também, das tantas articulações em semelhança dos irmãos que estão em corpo fluídico, assim unindo e conjugando todas as formas de linguagem.

Percebem agora, a importância e valor de cada som emitido, seja ele sonoramente percebido pela movimentação das cordas vocais da estrutura física densa ou pelas cordas vocais do corpo espiritual, como as vibrações sonoras movimentadas pelos pensamentos dos seres de ambos os planos?

Percebem agora, a importância do pensamento, da própria razão, raciocínio, grau de sentimentos, virtudes, conceitos, moral, amor, verdade e fé?

As variantes são inúmeras, as fontes múltiplas a serem estendidas numa escala de percentuais e diferenciais, infinitas, como os inúmeros condutores e impulsos atingirão e se entrelaçarão com as variáveis de cada campo receptivo, num alcance que poderá se situar entre curto, médio ou longo.

Muito temos a falar sobre este veículo de comunicação, como neste momento que falo por meio de um condutor energético que é o corpo da irmã medianeira. O que passo, o que sentem, como sentem minhas palavras e suas vibrações? Sentem as vibrações dos encarnados presentes, de que maneira?

Agora, fechem seus olhos e tentem sentir as vibrações sonoras do mundo espiritual que lhes envolve. O que percebem, como se sentem?

O que estão eles falando, mentalmente? O que estão pedindo? Será que falam com vocês, pedindo alguma coisa?

Peço que até a próxima reunião, no viver do dia a dia, observem as suas palavras distendidas e a de outros irmãos, a fazermos uma análise no vasto quadro que me ofertam, para que possamos melhor ampliar nossos conceitos.

Agora, “sinto que ouço” muitos de vocês, sinto que alguns pedem com os olhos, sentem com a expressão emocional, transitam com o diálogo mental, não?

Para terminar, em prece, agradecerei ao Pai esta imensa possibilidade de comunicação, pois nos é utilidade para que possamos nos entender. Se não tivéssemos este livre acesso, estes momentos não existiriam, não?

Qual seria, então, pergunto a vocês, o órgão a transmitir este intercâmbio entre os mundos carnal e espiritual, este aglomerado de cordas sonoras a possibilitar que meus pensamentos e voz cheguem a todos vocês?

Henrique Karroiz
Mensagem psicografada por Angela Coutinho, em 17 de abril de 2007, Petrópolis, RJ.

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