A Vontade de uma personalidade << voltar
autor: Henrique Karroiz publicação: 09/09/2008
mensagem: A Vontade de uma personalidade
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Estranho, não, dizer a vontade de uma personalidade, de um ser, um Espírito, da própria mente, quando todos vêm à reencarnação, em sua grande maioria, por vontade própria ou mesmo talvez, numa não concordância de todos os delineamentos propostos, mas conscientes do que precisarão e deverão passar, não é?

Assim, quando digo a vontade de uma personalidade, refiro-me tanto à personalidade externada em planos espirituais quanto a que se apresenta hoje, tentando recuperar-se das suas negligências, teimosias, rebeldias ou mesmo indiferenças e descasos, em relação à própria vida e como este viver a ela se apresenta.

Não nos esqueçamos da “livre arbitragem”, antes de surgirem num seio materno ou se sentirem pressionadas a um renascimento na carne. Digo livre arbitragem em consciência, nitidamente mais elucidada pelos construtores e especialistas dos centros de alta tecnologia instrumental da matéria fluídica que compõe os corpos, fora desta dimensão densa, que ora vivenciam.

Esta livre arbitragem constitui, na verdade, o real posicionamento do Espírito, onde ele não consegue negar suas condições morais, éticas, humanas, fisiológicas e a sua própria identificação na escala de evolução das naturezas universais. Neste caso, tudo que preenche, que pertence ao ser se distende a olhos e aparelhagens aperfeiçoadas, não havendo esconderijos ou desejos ocultos, pois a transparência flui como a luz que se reflete a nossos olhos ou a escuridão ao anoitecer, no decréscimo da claridade solar. Tudo se reflete, se modula em expressões perispirísticas e fisionômicas, ultrapassando as “deliberadas máscaras” que, geralmente, são usadas no percurso do viver atual, numa modelagem que visa à manipulação da materialidade, do caráter e dos interesses ocultos e, sobremaneira são ilícitos ou oportunistas.

Em realidade, a organização fluídico-energética, que se traz a exemplificação e exercício à união do gameta masculino com o óvulo, será a constituída pelo mapeamento feito pelos especialistas que, geralmente, trabalham entre eles, numa escolha e estudos aprimorados, tentando formatar a futura reencarnação a melhor aliviar as almas, para que, depois deste estudo e observações maiores quanto à situação, postura, possibilidades e necessidades do Espírito, lhes apresentem as propostas a beneficiar-lhes e confortar-lhes, como também a lhes trazer possibilidades de alívio e esperança, no encontro com elas mesmas e com as demais almas que irão fazer parte deste grandioso projeto que Deus nos concede, a cada instante de renovação e crescimento.

Aí, então, o Espírito, tomando conhecimento das propostas, condições íntimas verdadeiras, de sua própria realidade atual, pretérita e futura, irá aceitar, dialogar, consultar, pedir tempo, tentar reforçar-se um pouco mais para que o retorno se repercuta mais positivamente, ou mesmo se negar a compartilhar da totalidade ou de parte do projeto apresentado, numa grande tentativa de fuga a ele próprio e diante das almas que ainda a ele se ligam por descompassos morais, humanos ou espirituais.

Mas, a livre arbitragem já caberá ao Espírito e as resoluções tomadas, também serão observadas, aceitas ou não, dependendo das contingências e necessidades. Haverá sempre a intenção de ajuda, para que os reajustes se sucedam e as reencarnações não se percam.

Mas, amigos, lembrem-se de que esta esfera pertence às almas que estão sob o jugo das vaidades, do poder excessivo, dos glamoures das ilusões, das falsas aparências, do exacerbado orgulho e indisciplina, por onde transitam as viciações de todas as espécies, principalmente, por ser um dos planetas que segue a ordem evolutiva das naturezas e nela se integram almas caminhantes, oriundas dos planos de baixas vibrações e desejos, portanto, num alinhamento de rudezas, primarismos, indisciplinas e distúrbios mentais.

Assim, neste alinhamento evolutivo, não há muito que arbitrar ou exigir dos instrutores, mas sim de si mesmos, a tentar superar as negatividades e delinqüências de naturezas primárias por onde o Pai nos oferta mais um dos patamares a que consigamos enxergar a luz das verdades, da fé, da consideração a nós mesmos, a nosso próximo e às leis divinas e excelsas do amor, da compreensão e da paz.

Esta livre vontade, livre arbitragem deverá ser considerada, hoje, pelas almas encarnadas, que estudam a Ciência espiritual e suas dinâmicas como uma fonte de águas puras, a nos libertar das ociosidades espirituais, dos desregramentos e de posturas pequeninas. Todos, já num estágio de consciência, razão e discernimento, precisamos entender a importância de escolhas bem feitas, mesmo que os sacrifícios e sofrimentos nos onerem ou maculem, porém, sabendo e entendendo que será a medicação certa a nos ajudar a nos livrarmos das grandes chagas e dificuldades, que nos estão obliterando a visão e a própria caminhada espiritual.

Se as almas, diante dos seus próprios mapeamentos cármicos, conseguirem adaptar-se e aceitar o retorno em bases positivas, não importando os revezes, mas sabendo que serão instantes decisivos a ultrapassarem a si próprias e seus erros de pretéritos, aí sim, se sentirão mais fortemente alicerçadas, quando, na consciência atual, as dificuldades lhes surgirem ou os edemas lhes retorcerem o físico ou o emocional, pois terão dentro de si mesmas uma forte certeza de que existem nestes dispositivos que lhes impõem modificações, objetivos maiores, intenções superiores e necessárias, ganhando força e vontade, a seguirem em frente no percurso atual.

Estarão aí, nestes instantes, a nova livre arbitragem, confirmando as propostas de planos espirituais, mesmo o Espírito não sabendo o que foi acordado e estabelecido antes desta sua nova encarnação, mas algo dentro dele surgirá com mais firmeza e convicção de que o percurso está certo e precisará ser percorrido.

Sabemos que este posicionamento da alma, hoje nesta consciência, desconectada da consciência espiritual em sua total dimensão, mesmo que esta dimensão seja pequena e obscura, torna-se difícil por não saber se os caminhos escolhidos são os certos ou os que devem ser perseguidos, mas mesmo assim, sentem-se, intimamente, buscando o que a vida lhes impõe de deveres e obrigações, de posturas de paciência, entendimento, compreensão ou de onerações físico espirituais. Se conseguirem relacionar itens como os que apontamos acima, certamente, estarão nos caminhos certos e que deverão ser perseguidos.

Mas, perguntariam: e se eu não quiser escolher estas estradas de hoje, poderei mudar o rumo de tudo?

Certamente, que poderá tentar, entretanto, os liames traçados foram muito fortes, a consangüinidade considerada a corrente a prender as almas a ajudá-las a não se perderem nos caminhos, para não se lamentarem depois. E, mesmo que a fuga seja ansiada, por algum tempo poderão tentar afastar-se das estradas principais traçadas no seu projeto encarnatório. Mas chegará a um momento em que a força dos relacionamentos ou as próprias exigências da matéria que os orna, ou mesmo a própria materialidade que lhes exige o viver e a sua manutenção em torno dela, as pinçarão de volta, querendo ou não, pois a livre arbitragem mais consciente e necessária, ponderada e entendida foi a de plano espiritual, quando puderam penetrar num mundo real, lógico e que tocaram ou se permitiram tocar em profundidade, tanto positiva quanto negativamente.

Contarão todos a cada instante, com almas amigas e participantes do seu processo cármico, ao lado de vocês, impulsionando-os a realizar o melhor, mesmo que este melhor não seja em totalidade, porém, ajudando-os a perseguir os seus propósitos reais.

Assim, irmãos, não briguem com vocês mesmos por estarem onde estão, ou ao lado de almas difíceis, mas olhem para dentro de si mesmos e vejam se vocês é que não são os Espíritos endurecidos, teimosos, orgulhosos ou ambiciosos, ou aqueles que se trazem sob grandes remorsos ou desconsolos a gritar que querem fugir do cutelo atual, para não se sentirem desprovidos de suas vaidades, mandos e indisciplinas.

Creiam na beleza deste processo de aprendizado e renovação, em que a reencarnação e as suas respectivas ofertas disponibilizam as naturezas a exalarem os graus de amor, de paz e das verdades, que Jesus tão bem nos exemplificou em Sua missão na esfera.

Esforcem-se a cumprir seus deveres e obrigações, buscando forças e coragem nas tantas dádivas que nos envolvem, embelezando nossas vidas e alimentando-nos em corpo e Espírito.

Henrique Karroiz
Mensagem psicografada por Angela Coutinho, 9 de setembro de 2008, Petrópolis, RJ.

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